A concessão da BR-381, mais conhecida como “Rodovia da Morte”, à iniciativa privada vai ficar para o ano que vem.
A licitação estava prevista para ocorrer no segundo semestre deste exercício, assim como o leilão da Nova Dutra, porém, as novidades regulatórias e tecnológicas dos projetos somadas às intempéries causadas pela pandemia de Covid-19 levaram o Ministério da Infraestrutura a adiar os certames.
A previsão é que até o fim deste mês ou meados de agosto, a Pasta encaminhe ao Tribunal de Contas da União (TCU) os estudos da concessão das BR-381 e BR-262 entre Minas e o Espírito Santo – projeto prometido aos mineiros há décadas, mas que nunca saiu do papel.
A consulta pública da proposta de edital prevê R$ 9,1 bilhões em investimentos e R$ 5,6 bilhões em custos operacionais para o período de 30 anos de concessão. Entre as principais obras estão previstas a duplicação de 595,4 km da rodovia, 42,4 km de faixas adicionais e a construção de 54 passarelas.
Mas, enquanto o projeto não avança, está garantida, ao menos, a conclusão dos lotes 3.1 e 7 até o fim de 2020. A informação é do Coordenador do Movimento Nova 381, Luciano Araújo. Segundo ele, o novo cronograma de obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prevê a conclusão do lote 7 até setembro e do lote 3.1 até dezembro.
“O ritmo dos trabalhos mudou um pouco por causa da pandemia, mas o ministro (Tarcísio de Freitas) mantém o foco dos trabalhos sobre a duplicação da rodovia e já nos garantiu que os recursos estão assegurados”, afirmou.
Procurados pela reportagem, nem o ministério nem o Dnit responderam até o fechamento desta edição. A atualização mais recente do site do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, a respeito do projeto, dá conta de que somente neste ano, 22 quilômetros de pista duplicada foram entregues: 15 quilômetros do lote 7 e sete quilômetros liberados do lote 3.1. Já em 2019, foi entregue um total de 15 quilômetros.
Assim, o lote 7 passou a contar com 15 quilômetros de pista duplicada, de um total de 37,5 quilômetros. Das 11 Obras de Arte Especiais previstas, seis pontes, dois viadutos e duas passarelas estão concluídos.
Com 28,6 quilômetros de extensão, o lote 3.1 apresenta 12,7 quilômetros contínuos de pista duplicada concluídos, incluindo os túneis Antônio Dias e Prainha. Das 12 Obras de Arte Especiais previstas, nove estão concluídas, duas em andamento, faltando iniciar apenas a ponte do ribeirão Prainha.
Projeto – A novela da duplicação da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, se arrasta há décadas. Em 2014, a ex-presidente Dilma Rousseff assinou a ordem de serviço para o início das intervenções, mas nos anos seguintes a duplicação passou a sofrer com congelamentos dos recursos.
Segundo o Dnit, o empreendimento é considerado prioritário pelo governo federal e vai garantir a redução do número de curvas e, consequentemente, trará mais segurança para os usuários e diminuição no tempo de viagem.
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Fonte: Jornal do Comércio