O Governo do Estado inicia ainda este ano a implantação da estrada de acesso ao distrito de Porto Esperança, em Corumbá, tirando do isolamento uma comunidade que surgiu com a chegada dos trilhos da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) às barrancas do Rio Paraguai, em 1912. A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) autorizou esta semana a execução do projeto técnico da obra.
Situado na beira do rio, o distrito tem forte potencial para o turismo de pesca e ecoturismo, porém a falta de acesso inviabilizou o desenvolvimento do setor e deixou a população (100 famílias) vulnerável, sem opções de emprego e renda e com dificuldades de transporte, que[e feito de lancha até a ponte da rodovia BR-262 (Morrinho). Com a desativação do trem de passageiros, na década de 1990, a região ficou esquecida e abandonada.
“É mais uma obra emblemática do governo para Corumbá e o Pantanal, beneficiando diretamente uma população sofrida, onde as pessoas são privadas do direito de ir e vir e vivem num lugar sem perspectivas de crescimento”, afirmou o deputado estadual Evander Vendramini, autor da proposição que reivindica a importante estrada. “O governador Reinaldo Azambuja assumiu o compromisso, será uma obra que vai resgatar a esperança daquela comunidade”, pontuou.
Um novo traçado
A estrada terá 10 quilômetros de extensão, desde o trevo com a BR-262, a cerca de quatro quilômetros da ponte sobre o rio Paraguai, até o centro comunitário, próxima à antiga estação ferroviária do ramal da ferrovia. Será uma via sobre aterro, devido às enchentes causadas pelo transbordamento do rio, com revestimento de minério de ferro não comercial a ser doado pela mineradora Vale, que tem terminal de embarque da matéria-prima no local.
O diretor de manutenção de estradas da Agesul, Mauro Azambuja, visitou o distrito, ao lado do técnico Ricardo Ximenez, da área de projetos, para discutir com a comunidade um novo traçado da estrada. O antigo acesso, feito pelos moradores, acompanhava o leito do rio e se tornava intransitável em época de cheia.
O projeto de engenharia contratado pela Agesul, com prazo de 90 dias para sua conclusão, definirá o novo traçado. “A estrada antiga passava por uma área de várzea e concluímos que era inviável tecnicamente”, informou Mauro Azambuja. Ele explicou que o novo acesso será implantado para garantir tráfego o ano todo, cortando o Córrego Mutum, onde uma ponte de madeira desabou, e cruzando a linha férrea, em nível ou sob os pilares da ponte ferroviária.
Segundo a Agesul, a empresa contratada já iniciou os primeiros levantamentos da nova estrada, que atenderá também um novo terminal portuário projetado para a região. O diretor de manutenção de estradas explicou que o minério de ferro usado para revestimento da pista é um produto in natura, aglutinado a outro material, não causando poluição química ao meio ambiente. O minério já é reutilizado pela comunidade nos acessos internos do distrito.
“O acesso é fundamental para aquela gente, que tem no incremento da pesca esportiva a oportunidade de melhorar de vida e criar mais um atrativo turístico para o Estado”, destacou Mauro Azambuja.
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Fonte: Diário On-line