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Túnel submerso entre Itajaí e Navegantes deve custar mais de R$ 2,8 bilhões

Governador Carlos Moisés sinalizou positivamente a possibilidade de uma contrapartida do governo do Estado no projeto ousado de mobilidade
O governador Carlos Moisés (sem partido), em reunião com os prefeitos da Amfri (Associação de Municípios da Foz do Rio Itajaí), afirmou que o governo do Estado pode investir no ousado projeto do túnel subaquático sob o Rio Itajaí-Açu, que pretende ligar os municípios de Itajaí e Navegantes.
O projeto todo, que além do túnel inclui a instalação de um Sistema de Transporte Coletivo Regional e a urbanização da orla central de Balneário Camboriú, deve custar, cerca de US$ 500 milhões, cerca de R$ 2,7 bilhões. Destes, US$ 350 milhões, ou R$ 1,8 bilhões, devem ser aportados pela iniciativa privada.
A reunião aconteceu nesta quinta-feira (19), na sede do governo Estadual, em Florianópolis. O projeto de mobilidade, que inclui o ousado túnel, foi apresentado por João Luiz Demantova, diretor executivo do CIM/AMFRI (Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região da AMFRI).
A comitiva propôs ao governador uma contrapartida de US$ 24 milhões do governo do Estado, o equivalente a mais de R$ 129 milhões. Moisés manifestou o apoio ao projeto, mas não definiu ainda quanto será pago pelo governo. Um grupo de trabalho será criado e vai definir a forma de apoio e os valores necessários para a viabilização a obra.
Um dos motivos para o apoio do governo do Estado é o trânsito intenso na BR-101. O túnel seria uma alternativa viável para o trânsito entre as duas cidades. “Hoje não existe mais horários com maior fluxo, pois todos os horários têm trânsito complicado. Acredito que o governo possa fazer esta contrapartida através de um planejamento de desembolso. O que temos que pensar agora é uma previsão orçamentária, uma vez que nós não queremos vender ilusões. Penso que o nosso movimento precisa ser feito com muita cautela para que possamos ver o projeto como um todo. Lançamos uma semente aqui com vontades convergentes entre os prefeitos e vices”, frisou.
Complexo Madre Teresa deve entrar em funcionamento em 2022Aproveitando a oportunidade, o presidente da AMFRI, prefeito de Porto Belo, Emerson Stein (MDB) levantou a importância em equipar o Complexo Madre Teresa do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen e solicitou apoio do governo do Estado nesta pauta.
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, afirmou que em breve deve fazer uma visita ao hospital e deverá trazer os recursos para que no máximo no início do ano de 2022 coloque todo o espaço em funcionamento.
Túnel submerso
O túnel subaquático vai passar por baixo do Rio Itajaí-Açu,  ligando as cidades de Balneário Camboriú, Itajaí e Navegantes. As prefeituras enviaram os documentos para a autorização de aporte financeiro do Banco Mundial junto à União, para viabilizar a obra na segunda-feira (12).
Além da obra de infraestrutura, o projeto prevê uma rede de transporte coletivo entre os 11 municípios da Foz do Rio Itajaí, com veículos elétricos e reurbanização de vias. Após o início das obras, a previsão é que a estrutura esteja pronta em até quatro anos.
Os primeiros passos do projeto foram dados em 2015, com a formação do Colegiado da Amfri. Desde lá, a associação tem buscado referências internacionais e aprimorando a ideia, que avançou com a apresentação do projeto ao Banco Mundial.
Agora, o projeto deve ser aprovado pelo Cofex (Comissão de Financiamentos Externos) do Ministério da Economia. O próximo passo é a aprovação pelo Tesouro Nacional e o endividamento dos municípios.
Depois disso, o Senado deve aprovar o empréstimo internacional. aulo Bornhausen, presidente do conselho, acredita que estes processos devem ser vencidos até março de 2022.
A expectativa é que as obras iniciem em 2024, e sejam concluídas em até quatro anos.
A escolha do túnel ao invés de uma ponte no Rio Itajaí-Açu foi feita para não inviabilizar a cadeia industrial nas margens do Itajaí-Açu, em especial a portuária. Projetado para a região da Barra do Rio, o túnel será baseado na travessia pensada para Santos e Guarujá.
O projeto ainda está em fase de detalhamento e elaboração. A obra deve contemplar seis pistas de tráfego de veículos, das quais duas serão exclusivas para o transporte público integrado entre as cidades, e uma célula central será exclusiva para pedestres e ciclistas.
A obra deve amenizar os problemas de mobilidade e acesso ao Aeroporto Internacional de Navegantes, sem que os motoristas precisem usar a BR-101, por exemplo.
Fonte: ND Mais

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