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Topografia com drones: a tecnologia que veio para complementar os métodos tradicionais

Os drones surgiram nos anos 60, mas começaram a chamar a atenção somente 20 anos depois, devido ao uso militar. O pai da tecnologia, o engenheiro iraquiano Abraham Karen, ostenta 82 anos de vida e acompanhou de perto o crescimento da popularidade do veículo não tripulado. Os drones invadiram o espaço aéreo com inúmeras utilidades, em que pese muitas pessoas os utilizarem por mero hobby.

Mas é o seu uso profissional que surpreende de verdade. O mercado comercial dos drones deve triplicar nos próximos quatros anos nos Estados Unidos, de acordo com a FAA, o órgão responsável pela aviação na Terra do Tio Sam. No Brasil, há cerca de 70 mil drones cadastrados na ANAC – cerca de 25 mil, 35% do total, utilizados exclusivamente para fins profissionais. Os veículos não tripulados podem engrandecer transmissões jornalísticas e alçar voo como um belo recurso audiovisual. Um trunfo para a indústria cinematográfica: produzir imagens aéreas de forma rápida e barata.

Noutro flanco, os engenheiros também estão entusiasmados com a tecnologia. Os drones revolucionaram a forma de mapear terrenos. A descrição topográfica é um conhecimento essencial durante uma obra: ela fornece informações sobre condições do terreno, relevo e detalhes diversos.

Em um estalar de dedos

Os drones fazem em minutos o que a topografia convencional levava dias ou até meses. Eles são capazes de capturar imagens a cada dois segundos e enviá-las em tempo real para os profissionais, e cobrem áreas gigantes em um curto espaço de tempo. Há equipamentos capazes de registrar informações de 100 hectares de terra em 30 ou 40 minutos.

Prático e em conta

Antigamente, fazer o mapeamento aéreo de uma obra era um grande exercício de paciência: alugar uma aeronave, investir em sensores caríssimos, contratar piloto e outros profissionais envolvidos. Atividade cara, complexa e demorada.

O drone veio para facilitar. É possível realizar toda a operação com um só homem em campo. O profissional monta o equipamento, acompanha o voo e depois leva os registros até o especialista responsável. É claro que a produtividade depende de algumas variáveis, como autonomia de voo, a câmera utilizada e a altura que o drone consegue atingir.

De qualquer forma, a quantidade de pontos coletados na topografia por drones é muito superior à convencional. A definição do terreno mapeado fica bem próxima à realidade.

Exemplo de sucesso

O Departamento de Estradas, Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER) utilizou drones para o mapeamento topográficos de obras públicas em Rondônia. Foram apenas R$ 18 mil de investimento, com recursos do próprio governo. De acordo com o engenheiro José Carlos Curvello, a aplicação do dinheiro valeu a pena, já que o uso do equipamento trouxe melhores condições de execução das obras no estado.

Fique ligado!

Que tal saber mais e se tornar especialista no assunto? O curso “Atualização em GPS e Mapeamento Topográfico por Drones”, da New Roads, traz todos os aspectos relacionados à tecnologia. São dois módulos em um total de 40 horas-aula ministrados pelo especialista e doutor David Rosalen, autor de 150 trabalhos publicados na área. Os cursos serão realizados dos dias 21 a 24 de agosto, em Campo Grande (MS), e de 18 a 21 de setembro, em Porto Alegre (RS).

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