Radar que identifica dutos de água, redes de comunicação e outras estruturas no subsolo ajudam a não ocasionar danos com escavações
Com o objetivo de gerar o menor impacto possível à população, as obras de requalificação da BR-316 são realizadas com equipamentos de tecnologia avançada, o que contribui para a agilidade, precisão e segurança na execução dos trabalhos. A utilização do Radar de Penetração no Solo (GPR – Ground Penetrating Radar), por exemplo, permite localizar dutos das redes de água, comunicação e outras estruturas existentes no subsolo resultantes de intervenções passadas, uma etapa essencial para a abertura de novas frentes de obras. O uso do equipamento só foi possível a partir de uma parceria do Governo do Pará, por meio do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), com o Governo Federal, por meio do Serviço Geológico do Brasil.
“O método geofísico se baseia na reflexão de ondas eletromagnéticas similar a um exame de ultrassonografia. Ele é indireto e não necessita de escavações. Uma antena passa ao longo da superfície obtendo imagens quase instantaneamente. Um profissional que opera o equipamento recebe as imagens em um monitor, os dados são salvos e depois são processados para melhorar a qualidade da imagem”, explica Bruce Chiba, geofísico do Serviço Geológico do Brasil. “A tecnologia tem sido utilizada com intensidade nos últimos anos, mas em ambientes urbanizados como em Belém e região, por exemplo, é algo novo”, acrescenta.
Ainda de acordo com Bruce, além de identificar os dutos, com o equipamento é possível investigar espessuras de asfalto, túneis, rachaduras e uma série de aplicações. “O serviço apóia os órgãos que tem essa necessidade. No caso do Pará, a demanda foi atendida sem gerar nenhum custo”, afirma. O levantamento já foi realizado e durou 11 dias ao longo dos 10.8km de obras no corredor da BR-316. Segue a fase de processamento de dados e relatório que será entregue ao NGTM.
“Essa tecnologia aplicada nas Obras de Requalificação da BR-316 tem o objetivo de dar mais segurança na localização das interferências ao longo do trecho que está em obras, reduzir os danos e transtornos à população, além de promover maior celeridade aos trabalhos que são executados”, comenta Eduardo Ribeiro, diretor-geral do NGTM.
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Fonte: Governo do Pará