BNDES vai estruturar os projetos para concessão das estradas
O governo do Estado delegará ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) a estruturação de projetos para concessões de pelo menos cinco estradas que atualmente estão sob administração estatal.
No Chile, onde participa de missão de investimentos com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o governador Eduardo Leite informou que as rodovias RS-239, RS-235, RS-122, RS-240 e RS-115 estão dentro do pacote que a instituição gerida por Joaquim Levy vai organizar e levar à iniciativa privada. As estradas estão sob a gestão da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
Leite expôs a pretensão do governo a um grupo de empresários e representantes da administração pública chilena com o objetivo de atrair interessados para a concorrência. A informação também foi publicada em folder distribuído no encontro, que ocorreu na sede da Sociedade de Fomento Fabril do Chile (Sofofa), em Santiago.
De acordo com o secretário dos Transportes, Juvir Costella, o BNDES funcionará como um intermediário entre o governo e investidores, atuando na busca por recursos, interessados e financiamentos.
— Estamos estudando incluir outras rodovias nesse pacote onde o banco de desenvolvimento vai atuar — disse o secretário.
No dia 25 de maio, durante evento em Gramado com outros governadores, Leite aproveitou a visita do presidente do BNDES, Joaquim Levy, para assinar um termo de cooperação técnica entre o banco e o Estado. Entre as ações, a instituição auxiliará o Piratini no processo de desestatização de empresas públicas e na elaboração de modelos de parcerias.
Tanto Leite como outros integrantes do secretariado já demonstraram disposição para extinguir a EGR e distribuir as estradas em pacotes a serem oferecidos à iniciativa privada. A estatal só será extinta após o governo resolver o destino das rodovias.
Está em estudo também a possibilidade de o governo contratar no BNDES financiamento para terminar as obras da RS-118, que estão em ritmo lento desde o fim do ano passado devido a falta de repasses para as empresas do consórcio. Para fechar o negócio, porém, o banco exige que o Estado ofereça contrapartidas, como a conclusão de acessos asfálticos em oito municípios do Estado previamente estabelecidos.
Para receber R$ 100 milhões do banco de desenvolvimento, seria necessário o Estado gastar R$ 39 milhões com essas obras em diversas regiões.
Em missão oficial ao Chile, o governador apresentou, além da possibilidade de investimento em rodovias, oportunidades de negócio em outras áreas, como em portos e hidrovias. Na publicidade distribuída em reunião durante seminário “Oportunidades de Negocios entre Chile Y Brasil”, o governo aponta a concorrência para a parceria público-privada (PPP) da Corsan, que inclui água e saneamento, a venda de parte das ações do Banrisul e IPO do Banrisul Cartões e a privatização de CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM).
Fonte: Clic RBS