Promessa do governo do Estado é de que conclusão ocorra no ano que vem
Mais de uma década após o início das obras de duplicação e restauração da ERS 118 — batizada de Mario Quintana —, caminhões, retroescavadeiras e operários voltaram a ocupar os canteiros às margens da pista. Como em uma novela que parece não ter fim, moradores, caminhoneiros e motoristas que usam a via no trecho que compreende Sapucaia do Sul e Gravataí devem conviver pelo menos mais um ano e meio com o barulho de operários, desvios e sujeira produzida pela pavimentação da via. Sucessivos governos e promessas renovadas de conclusão do trecho, que vai do km 0 ao km 21,5, simbolizam o desperdício de dinheiro público ao longo de 13 anos. Para se ter ideia da importância da conclusão da duplicação, na última década, conforme levantamento do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) feito a pedido do Correio do Povo, 90 pessoas perderam a vida em função de acidentes fatais na estrada.
Os R$ 200 milhões aplicados nas obras desde 2006, quando começaram os trabalhos, foram insuficientes para melhorar as condições da rodovia, evitar congestionamentos e reduzir os transtornos diários à população dos municípios que ficam às margens do trecho. Para transformar o traçado nem tão poético da rodovia que liga a BR 116, em Sapucaia do Sul, ao distrito de Itapuã, em Viamão, e cruza pela BR 290 (freeway) e pelas ERSs 020, 030 e 040 — estradas que conectam a Capital ao Litoral Norte —, e finalmente concluir os três lotes do projeto, a Secretaria de Logística e Infraestrutura (Selt) planeja investir mais R$ 131 milhões. A retomada dos trabalhos só foi possível graças à liberação dos recursos, no começo de julho, pelo governo gaúcho, que obteve financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Consideradas fundamentais para escoar o trânsito da Região Metropolitana, as obras de duplicação e restauração da ERS 118 estão 70% concluídas, de acordo com a Selt.
Fonte: Correio do Povo