O projeto executivo de duplicação do trecho de Lages da BR-116 será protocolado pela Autopista Planalto Sul (Arteris) junto a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), em Brasília, até o final do mês que vem. No total, está prevista a duplicação de 16,8 quilômetros entre a região da Cidade Alta até o Rio Caveiras, divisa com Capão Alto. A obra é de grande interesse do empresariado local e vai beneficiar, sobretudo, a empresa Berneck, que está se instalando naquela região. Caberá à ANTT deliberar sobre a obra.
Esta informação foi passada na manhã de ontem, durante reunião na Associação Empresarial de Lages (Acil). Além de lideranças empresariais de Lages e região, o evento, que teve por objetivo discutir o projeto de duplicação da rodovia, contou com a presença de representantes da Autopista e lideranças políticas, como da deputada federal Carmen Zanotto.
Na ocasião, o gerente técnico da Autopista, Marcos Dutra, explicou que está prevista a duplicação de 85 quilômetros na 116, abrangendo trechos em Santa Catarina e no Paraná.
Na Serra, além de Lages, serão contemplados os municípios de Ponte Alta (5 km), Lages e Correia Pinto (10 km), atendendo, prioritariamente, as áreas urbanas destes municípios. Em Lages, será duplicado o trecho entre o km 238 e o km 254.8. Ainda não há um prazo para iniciar as obras.
A duplicação da BR 116 vai causar um grande impacto. No projeto funcional estão previstas a construção de passarelas e passagem em nível para pedestres. No trevo do Acesso Sul em Lages, por exemplo, será construído um trevo com passagem superior.
Marcos informou que, após a entrega do projeto do trecho de Lages, o cronograma de entrega do projeto da obra na ANTT seguirá até o mês de setembro. O próximo passo será dos estudos ambientais, que devem durar cerca de 1,5 ano. Marcos explicou que duplicação não está prevista no contrato de concessão da rodovia. O investimento estimado em toda obra é de mais de R$ 1 bilhão. Ainda não foi definida a fonte de recursos, mas os valores poderão ser viabilizados por meio do aumento da tarifa do pedágio.
A deputada Carmen Zanotto enxerga com preocupação a possibilidade da inclusão dos valores da obra na tarifa do pedágio. “O usuário não pode pagar esta conta. Precisamos discutir a fonte de financiamento de obra, pois entendemos que o custo não pode, todo ele, ser embutido no pedágio, senão a tarifa ficará muito alta”, disse a deputada.
Durante a reunião na Acil, também foi debatido sobre a construção de um acesso à empresa Berneck. Presente no encontro, o prefeito de Lages Antonio Ceron cobrou uma posição em relação à obra. O representante da empresa disse que o projeto de construção do acesso já está sendo discutido.
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Fonte: Correio Lageano