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Ponte Rio-Niterói e Linha Vermelha vão se interligar em cinco meses; veja como serão alças de acesso

Obras de construção estão 70% prontas e devem beneficiar 15 mil motoristas diariamente

RIO – Em cinco meses, bons ventos vão soprar para 15 mil motoristas, que, diariamente, sofrem ao sair da Ponte Rio-Niterói para acessar a Linha Vermelha, um transtorno agravado pelas obras do BRT TransBrasil. Segundo a concessionária Ecoponte, que administra a Ponte Rio-Niterói e é responsável pela empreitada. Já é possível ver à direita, na altura do pórtico 3 da Reta do Cais, o viaduto avançando rumo ao Arsenal de Guerra e margeando o Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. Ainda há intervalos a serem preenchidos, mas nada que possa atrasar o cronograma das obras.

Serão 2.500 metros de um viaduto que passará sobre a Rua Carlos Seixas, no Caju. Ele chegará à Linha Vermelha na altura Km 3 da via, ao lado de uma fábrica de concreto às margens da rodovia, a um quilômetro do atual acesso para quem sai da Avenida Brasil. A expectativa da Ecoponte é que a construção beneficie 20% dos cerca de 75 mil motoristas que usam a Ponte em direção ao Rio diariamente.

Como contrapartida ao Exército pelo uso do Arsenal de Guerra, a Ecoponte está construindo um novo prédio da Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil), no Caju. O antigo foi abaixo para dar lugar a um trecho da alça viária. A concessionária também construiu dois imóveis na Vila Militar. Além disso, a corporação ganhou um terreno em Brasília cedido pelo Secretaria do Patrimônio da União.

Avenida Portuária
Em paralelo, a Ecoponte está construindo um outro viaduto, que começa no Cais do Porto, sob a Reta do Cais, e segue junto à alça de ligação com a Linha Vermelha. Ele passará sobre a via expressa e desembocará na Avenida Brasil, cobrindo parte da Rua Prefeito Júlio de Moraes Coutinho, na altura de Manguinhos. Trata-se da Avenida Portuária, que terá 3.200 metros em mão dupla e será exclusiva para caminhões de carga que operam na região do Porto.

Hoje, para chegar ao cais, as carretas precisam usar a Avenida Brasil, passar em frente ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Caju, e fazer o retorno à esquerda. O futuro viaduto — que terá mão dupla e ligará a Ponte Rio-Niterói à Brasil na altura de Manguinhos — pretende tirar de circulação da avenida, conforme estimativa da Ecoponte, 2.600 veículos de carga por dia. O trecho suspenso do viaduto começou a ser erguido. A concessionária estima que a obra fique pronta em junho de 2020.

As duas obras estão previstas no contrato de concessão da Ecoponte, que teve início em junho de 2015. As duas empreitadas custarão R$ 450 milhões, valor que será integralmente pago pela empresa. Os viadutos terão assistência da concessionária e câmeras de monitoramento.

A concessionária mudou o antigo traçado da alça viária, que constava do projeto elaborado pela concessionária anterior, por causa dos impactos socioambientais que produziria. Cerca de dois mil equipamentos mortuários, como gavetas, nichos e túmulos, seriam retirados do Cemitério do Caju, que teria parte de seu terreno desapropriado para a obra. Pelo atual traçado, o viaduto seguirá margeando o muro do cemitério na parte dos fundos do terreno.

Além disso, aproximadamente 300 imóveis da Favela Parque Alegria também seriam desapropriados e retirados para a passagem do viaduto. O novo projeto reduziu para sete o número de unidades afetadas. As negociações e indenizações de moradores e comerciantes foram concluídas, de acordo com a Ecoponte. As desapropriações foram autorizadas por meio de decreto presidencial de 30 de maio de 2017.

Fonte: O Globo

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