O governador do Paraná defende que a ferrovia passe por Foz do Iguaçu, ligando ao Paraguai até o Chile.
A Comissão de Infraestrutura, Transporte, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca do PARLASUL vai realizar o I Seminário de Integração de Infra-estrutura de Transporte Rodo-Ferroviário na América do Sul, em Assunção, Paraguai, em 12 de agosto. No seminário será discutida a construção da Ferrovia Interoceânica Paranaguá-Antofagasta, entre outros tópicos.
A atividade está relacionada com dois atos referentes a projetos ferroviários aprovados pela Comissão em 2018. O primeiro, uma Declaração sobre a VI Reunião do Grupo de Trabalho do Corredor Bioceânico, na cidade de Salta, na Argentina; e o segundo, uma Recomendação ao Conselho do Mercado Comum sobre o impulso aos planos ferroviários interoceânicos.
O evento contará com a presença de Mario Abdo Benítez, Presidente do Paraguai; Daniel Caggiani, Presidente do PARLASUL; Tomás Bittar, Vice-Presidente do PARLASUL pelo Paraguai; Blas Llano, Presidente do Congresso Nacional do Paraguai e autoridades brasileiras como os Governadores Mauro Fernandes Ferreira (Mato Grosso), Reinaldo Azanbuja (Mato Grosso do Sul) e Carlos Massa Junior (Paraná).
O objetivo do Seminário é desenvolver o planejamento para a construção de um corredor ferroviário bioceânico que ligará os Portos de Paranaguá (Brasil) ao Porto de Antofagasta (Chile). O Corredor permitirá a integração rodoviária e logística entre os países do MERCOSUL para o transporte interoceânico de bens e mercadorias.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, defende que a ferrovia passe por Foz do Iguaçu, com ligação ao Paraguai, que por sua vez ligaria a Antofagasta, no Chile. O governador discute a construção do braço da Ferroeste de Cascavel até a fronteira.
Durante a reunião desta Comissão, o Parlamentar argentino Alejandro Karlen fez uma apresentação sobre as possibilidades de criação da rede ferroviária na região e propôs a construção de um trecho do trem que passa pela Província de Corrientes, na Argentina, por razões estratégicas, geográficas e econômicas. Isso permitiria conectar as obras paraguaias às estradas argentinas, uruguaias e brasileiras gerando integração comercial com a China e outros países da região Ásia-Pacífico.
A conexão ferroviária bioceânica Paranaguá-Antofagasta tende a estimular atividades fundamentais para a complementaridade produtiva entre áreas e países sul-americanos, tais como: soja, cereais, cana de açúcar, biocombustíveis, derivados de petróleo, fertilizantes, ferro e aço, cobre, alumínio e embalagens.
Projetos de Corredor Ferroviário Bioceânico na América do Sul
De acordo com o Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), as ferrovias que compõem os projetos de integração interoceânica são as seguintes:
a) Entre o porto brasileiro de Santos, passando pela Bolívia e chegando ao porto de Illo, Peru, com ligação a Assunção, Paraguai;
b) Entre o porto brasileiro de Paranaguá, passando pelo sul do Paraguai e pela Argentina, e chegando ao porto chileno de Antofagasta;
c) A ferrovia que liga Buenos Aires a Mendoza e Santiago do Chile;
d) uma ferrovia que interconecta Equador, norte do Peru, Colômbia e Venezuela; e
e) Uma ferrovia norte-sul, que liga as anteriores ferrovias interoceânicas.
Assessoria Parlasul
Fonte: Rádio Cultura Foz