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Obras de infraestrutura impulsionam a criação de empregos

Investimentos nesse setor não só abrem postos de trabalho nas construções, mas também desenvolvem a economia.

A saída para o Brasil romper o ciclo de estagnação econômica e voltar a gerar empregos passa por novos trilhos de trens e metrôs, estradas mais conservadas e aeroportos melhor estruturados. Um recente estudo da consultoria McKinsey mostra que um aumento de 1% no investimento em infraestrutura ao longo de 10 anos representaria um avanço de 2,1% do PIB do país no mesmo período.

De acordo com a pesquisa O Novo Ciclo de Investimentos na Indústria de Construção Civil e Infraestrutura – Agenda para o Futuro, o reforço no dinheiro para a área afeta diretamente a produtividade, ao adicionar capital e melhoria nos serviços para a população. A redução de custo e tempo de transporte, aumento da eficácia do mercado de trabalho, competição e especialização aparecem como outras vantagens.

Isso sem falar no aumento de empregos nos próprios canteiros de obra e na manutenção das construções – hoje, 3 milhões de pessoas trabalham apenas em rodovias e aeroportos do país, segundo a Anac e a Confederação Nacional de Transportes (CNT). A retomada de investimentos reverteria o cenário negativo que começou a se desenhar há meia década. Desde 2014, o número de trabalhadores formais na construção civil caiu 40%.

Mas, para que obras de infraestrutura avancem, o Brasil enfrenta um problema crucial, fruto da própria crise: a falta de recursos públicos. Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, 2018 foi o ano em que menos se investiu no setor em uma década. Foram apenas R$ 27,9 bilhões, o equivalente a 0,4% do PIB. Para garantir que se tenha uma infraestrutura adequada, o Brasil precisaria investir no mínimo 4,7% do PIB ao ano no setor, conforme o documento da McKinsey.

A curto prazo, na avaliação de especialistas, as dificuldades tendem a se manter. “A gente pode esperar que pelo menos nos próximos três ou quatro anos terá falta de dinheiro público para investir em mobilidade”, avalia o coordenador do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pablo Cerdeira.

Há, porém, uma solução consensual para driblar esse impasse: apostar na iniciativa privada. Cerdeira aponta que, além de ter dinheiro para investir, as empresas podem apresentar soluções para os problemas de infraestrutura do país. “O setor privado vai desenhar um projeto com melhor custo. Não é uma parceria apenas financeira, é uma parceria em que a gente traz inteligência do privado para o público”, argumenta.

Parceria precisa ser de longo prazo

A relação entre investimentos em infraestrutura e empregos é total, acredita o presidente da CCR Mobilidade, Luis Valença. Para o executivo, a retomada de investimentos no Brasil tem potencial para gerar um novo ciclo de expansão econômica, com crescimento do PIB, geração de empregos e renda. “O setor de infraestrutura no Brasil está pronto para isso, mas para isso é preciso o governo de fato avançar com a agenda de concessões e privatizações. Temos confiança de que em breve vamos ter esse processo em marcha”, diz Valença.

Além de acelerar as concessões, Valença aponta que as parcerias público-privadas precisam ser pensadas em longo prazo, para planejar a infraestrutura do país de maneira sustentável e eficiente. Também é necessário melhorar questões fundamentais para as empresas, como a segurança jurídica dos contratos, ter uma agenda perene de projetos e manutenção do arcabouço regulatório. “O Brasil avançou muito nos últimos anos nesse campo, mas precisa continuar a dar sinais de que entendeu essa condição para a atração do investimento privado”, ressalta.

Um dos exemplos desses avanços é a Linha 15-Prata do metrô de São Paulo, que o Grupo CCR administrará a partir do fim de 2019 por meio da ViaMobilidade. A empresa fará um aporte de R$ 4,53 bilhões ao longo de 20 anos. “Os recursos irão assegurar a oferta de transporte seguro, confortável e de qualidade para mais de 400 mil passageiros por dia”, comenta Valença. Um dos benefícios para a população é a redução do tempo de deslocamento. A estimativa do governo de São Paulo é de que uma viagem de São Mateus, na periferia, para a região central de São Paulo, reduza de 75 minutos para 40 minutos.

Outro projeto importante é a concessão das Rodovias Integradas do Sul, com a administração de 3,7 mil quilômetros de estradas pela concessionária CCR ViaSul, que prevê R$ 4,5 bilhões em melhorias nos próximos 30 anos. São vias cruciais para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, como a BR-386 (conhecida como a Rodovia da Produção), a BR-290 (chamada de freeway, a principal ligação de Porto Alegre com o litoral norte do Estado) e o trecho gaúcho da BR-101 (um dos elos com Santa Catarina e o resto do país). O grupo ainda não tem projeção de quantos empregos serão gerados no longo prazo, mas, no primeiro ano de concessão, serão criados 1,5 mil postos de trabalho diretos.

Fonte: G1

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