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Manual de obras rodoviárias e pavimentação urbana: Entrevista com o autor

Convidamos o Engenheiro Civil Elci Pessoa Jr. para falar sobre o que o motivou a fazer uma segunda edição da obra e os principais destaques

Com uma linguagem muito clara e direta, o livro convida a uma verdadeira imersão no dia-a-dia das obras em um ramo tão especializado, como o é o da engenharia rodoviária. Confira a seguir o nosso bate-papo com o Eng. Elci Pessoa Jr.

Comunitexto: O que o motivou a escrever o livro?

Elci Pessoa Jr.: O que me levou a colocar no papel essas experiências foi a percepção de que há muita carência, no mercado editorial, de livros escritos diretamente para os engenheiros que estão à frente das obras rodoviárias. Há muita coisa sobre projeto e especificações de materiais, mas os modos operandis da execução de cada serviço estavam ficando um pouco de lado. É preciso dizer aos engenheiros o “como fazer”, para que os detalhes de execução sejam sempre lembrados, para que os custos das obras sejam reduzidos e para que a qualidade do produto final seja maximizada.

CT: Qual(s) o(s) principal(s) destaques da obra?

EPJ: O livro aborda todas as principais etapas de execução de uma obra rodoviária, e com tanto apego às nuances do período de construção que o texto começa antes mesmo dos “tratores se movimentarem”. Há um capítulo, inclusive, que trata dos procedimentos para uma boa revisão e eventuais ajustes preliminares nos projetos, de modo a evitar surpresas indesejadas ao tempo da execução.

Falamos também sobre os cuidados pessoais que os engenheiros devem ter em cada serviço para a boa consecução dos seus trabalhos, e se dirige diretamente a quem está na condição de construtor, de fiscal (ou consultor), ou de auditor (ou perito). Daí, trazemos recomendações de atuação para cada um desses “atores” da obra, emprestando a experiência de quem já esteve, durante a carreira, “interpretando” cada um desses “papéis”.

A obra trata pormenorizadamente dos detalhes construtivos de cada serviço, fala da escolha dos equipamentos mais apropriados para cada situação de campo, das técnicas mais modernas de execução, e dos requisitos de qualidade exigidos pelas normas brasileiras.

CT: O que essa segunda edição traz de novidades para o leitor?

EPJ: Nesta edição fizemos toda a atualização do texto anterior, em face do advento de revisões recentes de normas técnicas e também da publicação do novo sistema de custos referenciais de obras rodoviárias do DNIT, o novo Sicro.

Além disso, aproveitamos para ampliar o conteúdo, detalhando ainda mais a execução de cada serviço. Na verdade, o texto cresceu em aproximadamente 30% em relação ao anterior. Nesta edição, conforme comentamos, trazemos também algumas referências de normas técnicas internacionais.

CT: A quem a obra é destinada?

EPJ: O livro foi pensado e escrito para os profissionais que estão em campo, durante a execução das obras, seja como construtor, fiscal ou auditor/perito.

Não obstante, é justamente por isso que, por outro lado, julgo de extrema relevância que seja lido também por projetistas de obras. Isso porque com ele saberão de detalhes executivos que fazem toda a diferença para um bom projeto. A visão de quem está na obra e o conhecimento das facilidades, dificuldades e alternativas executivas existentes hoje no mercado, sem dúvida alguma contribuem para a elaboração de projetos mais detalhados e bem especificados.

Não posso deixar também de recomendar a leitura aos técnicos de campo, laboratorialistas, operadores de equipamentos, pessoal de medição etc. E, por fim, também recomendo veementemente aos que estão em meio acadêmico (estudantes e professores universitários), para quem o livro convida a uma verdadeira imersão no dia-a-dia das obras em um ramo tão especializado, como o é o da engenharia rodoviária.

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