O diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Paulo Tadeu Dziedricki, homologou a licitação para duplicar 20,75 km da PR-323. A obra será realizada pela Torc – Terraplenagem, Obras Rodoviárias e Construções Ltda por R$ 73,25 milhões.
Com valor máximo de R$ 100 milhões, a licitação para a duplicação do trecho da rodovia, entre Paiçandu e Doutor Camargo atraiu 14 empresas. A abertura dos envelopes com as propostas das concorrentes aconteceu no dia 25 de junho de 2018.
O menor preço foi apresentado pela Contern Construções e Comércio Ltda, de R$ 72,29 milhões, mas a empresa acabou desclassificada por descumprimento do edital e teve todos os recursos negados pelo DER.
O projeto executivo, segundo o DER, foi elaborado pela Engefoto Engenharia e Aerolevantamentos S/A, e reaproveitado da Parceria Público-Privada (PPP) para a PR-323, vencida pelo consórcio Rota das Fronteiras.
O Governo do Paraná não informou o custo da aquisição do projeto. A PPP acabou fracassada depois da deflagração da Operação Lava Jato, que levou a Odebrecht, maior acionista do consórcio, a desistir do empreendimento.
Devido a irregularidades no processo licitatório, sete dirigentes estaduais responsáveis pela licitação foram multados pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).
A PPP da PR-323 também foi parar na Operação Lava Jato. Na quarta-feira (5/9) o juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra Deonilson Roldo, que foi chefe de gabinete do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), e outras dez pessoas. O caso foi detalhado pelo portal G1 no Paraná.
O Ministério Público Federal também divulgou detalhes sobre o esquema de propinas que foi denunciado por causa da PPP da PR-323.
Prazos para duplicar 20,75 km da PR-323
Tão logo o Governo do Paraná libere a ordem de serviço para duplicar 20,75 km da PR-323, a Torc – Terraplenagem, Obras Rodoviárias e Construções Ltda terá 730 dias para executar a obra.
A expectativa é que a duplicação não atrapalhe o tumultuado trânsito da rodovia. Em grande parte, a obra será realizada com canteiro central e construção de nova pista, o que vai minimizar os impactos no tráfego dos veículos.
Esta reportagem do Maringá Post mostra que a empresa também precisará adotar cuidados especiais com o Cemitério dos Cablocos, em Paiçandu, um sítio arqueológico que é parte do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Fonte e Imagem: Maringá Post