POR: NAYARA FIGUEIREDO / AGÊNCIA CMA
São Paulo – O índice de evolução da atividade na indústria da construção subiu em março, a 44,5 pontos, de 40,3 pontos em fevereiro, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Há um ano, o indicador estava em 37,5 pontos.
O nível de atividade em relação ao usual também oscilou em alta, passando de 28,8 pontos para 29,1 pontos, em base mensal, e seguindo acima do nível de um ano atrás, a 26,3 pontos. Em relação à utilização da capacidade de operação (UCO) na indústria da construção, o indicador subiu de 53% para 56%, em base mensal, apesar da melhora, o percentual é inferior aos 57% registrados em março de 2016 e 8 pontos percentuais abaixo da média histórica para o mês.
De acordo com a entidade, “a atividade da indústria da construção continua em queda, mas o recuo está cada vez menos intenso e disseminado pelo setor”, diz o estudo. O resultado de março foi o terceiro avanço consecutivo e o maior crescimento mensal desde o início da série, em dezembro de 2009.
No que diz respeito à evolução do número de empregados na construção, o indicador subiu, passando de 38,9 pontos em fevereiro para 41,7 pontos no mês passado, o maior valor desde de novembro de 2014, porém ainda abaixo dos 50 pontos, o que sinaliza postos de trabalho em queda. Segundo a CNI, a atividade e o emprego na indústria da construção permanecem em um nível abaixo do ideal.
O levantamento foi feito entre 3 e 17 de abril com 613 empresas, das quais 213 pequenas, 272 médias e 128 de grande porte.
EXPECTATIVAS
Em relação às expectativas da construção civil, referentes a este mês, a CNI informou que o nível de atividade subiu a 50,4 pontos, de 49,1 pontos no mês passado. Os demais indicadores também avançaram, apontando que o sentimento para os negócios nos meses à frente estão mais otimistas.
Comparada a março, a expectativa de novos empreendimentos cresceu de 47,5 pontos para 49,3 pontos, enquanto a expectativa de compra de insumos e matérias-primas foi de 47,2 pontos para 48,7 pontos. Ainda no mesmo período, a intenção de investimento oscilou em alta, ao passar de 26,6 pontos para 28,9 pontos, ao passo que a expectativa para o número de empregados foi de 46,1 pontos para 47,5 pontos.
Para a CNI, “os empresários ainda estão insatisfeitos com as condições financeiras dos negócios, embora essa situação esteja melhor que há um ano”. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional foi de 31,3 pontos no primeiro trimestre, 2,5 pontos maior que no primeiro trimestre de 2016. O índice de situação financeira, que atingiu 35,1 pontos nos primeiros três meses, está 1,8 ponto acima do mesmo período do ano passado.
A demanda interna insuficiente foi apontada como o principal problema enfrentado pela indústria de construção pelo quinto mês consecutivo.