Em visita técnica às obras da Ferrovia de Integração Oeste
Leste, em São Desidério (BA), ministro da Infraestrutura anuncia que
militares vão assumir a construção do lote 6 da obra
O Exército brasileiro vai assumir parte das obras da Ferrovia de
Integração Oeste Leste (Fiol),na Bahia. O anúncio foi feito pelo
ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que fez uma
visita técnica à Fiol, em São Desidério (BA), nesta segunda-feira
(18/5). Durante a vistoria, Freitas anunciou que o Exército vai ajudar a
concluir o lote 6 da ferrovia. “O Exército vem fazendo um trabalho
extraordinário, como foi feito nas obras da BR-163/PA, e agora vai
participar das obras do trecho entre Bom Jesus da
Lapa e São Desidério” destacou o ministro.
O 4º Batalhão de Engenharia de Construção (4º BEC), de Barreiras, e
o 2º Batalhão Ferroviário, de Araguari, serão responsáveis pela
conclusão do Lote 6, entre Bom Jesus da Lapa (BA) e São Desidério (BA).
Esta é a primeira vez que um batalhão ferroviário
das Forças Armadas assume um projeto de ferrovia, desde a implantação
Estrada de Ferro do Oeste (Ferroeste), na década de 90.
O ministro percorreu um trecho da ferrovia e visitou o canteiro de
obras e uma fábrica de dormentes em São Desidério. A cidade é
considerada o maior produtor de grãos do país. Em 2019, o Produto
Interno Bruto (PIB) agrícola da cidade chegou a R$ 3,63 bilhões,
um novo recorde para o agronegócio baiano. A região agora será
beneficiada com a possibilidade de escoar a produção sobre trilhos.
As obras são divididas em dois trechos. A Fiol 1, que abrange o
trecho lhéus (BA)/Caetité(BA), está com o seu projeto de concessão
encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU). A publicação do edital
de leilão está previsto para o final de 2020. A
Fiol 2 tem 485,4 km de extensão, entre Caetité(BA) e Barreiras(BA).
Executada pela Valec, estatal ferroviária, a obra recebeu investimento
de R$ 2,7 bilhões com cerca de 39% executados.
Transporte de grãos
Conforme o MInfra, quando pronta, a Fiol deve se tornar um
importante caminho de escoamento do minério do sudoeste da Bahia
(Caetité e Tanhaçu) e de grãos da região oeste do mesmo estado. A
ferrovia também poderá se conectar, futuramente, à malha da Ferrovia
Norte-Sul, o que traria melhoria para logística nacional.
Entre os benefícios esperados, estão a redução dos custos de
transporte de grãos, álcool e minérios destinados aos mercados interno e
externo; a ampliação da produção agroindustrial da região; e a
interligação dos estados de Tocantins, Maranhão, Goiás
e Bahia aos portos de Ilhéus (BA) e Itaqui (MA).
Fonte: Correio Braziliense
