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EGR anuncia R$ 15 milhões para obras na RSC-287

Trecho do quilômetro 105 ao 177, até Paraíso do Sul, receberá recuperação. Em cinco anos, estatal arrecadou R$ 235,9 milhões

De 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019, as praças de pedágio da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) de Venâncio Aires e Candelária arrecadaram R$ 235,9 milhões dos veículos que passam pela RSC-287 no Vale do Rio Pardo. Conforme a empresa, a maior parte do valor cobrado – 59% – fica para a conservação da própria estrada, que neste ano receberá R$ 15 milhões em investimento na recuperação de 72 quilômetros.

Segundo o diretor administrativo-financeiro da EGR, André Arnt, ao longo dos últimos anos, além da recuperação da estrada – responsável pelo consumo de quase metade do que se arrecada com as duas praças de pedágio –, a obra de construção do viaduto Fritz e Frida, no quilômetro 100, acesso a Santa Cruz do Sul, foi o projeto mais caro da empresa na rodovia. “Ela é a nossa maior obra-de-arte, a maior peça funcional construída pela EGR nas estradas pedagiadas”, classifica Arnt.

Os R$ 27,5 milhões empregados na construção do viaduto e na duplicação de 4,2 quilômetros no perímetro urbano de Santa Cruz do Sul fizeram com que, durante os anos de 2017 e 2018, a arrecadação da praça de pedágio de Venâncio Aires praticamente “empatasse” com o total de despesas direcionadas para a obra. “Esta obra teve problemas de execução com a empresa contratada, demorou para ficar pronta, mas hoje é uma grande diferença para os usuários da rodovia em Santa Cruz e em toda a região”, destaca Arnt. O viaduto Fritz e Frida foi inaugurado em 15 de junho de 2018.

Para este ano está previsto, dentro do orçamento da estatal, a execução de manutenção e recuperação em um trecho de 72 quilômetros, localizado entre o quilômetro 105, em Santa Cruz do Sul, e o 177, em Paraíso do Sul, no fim da concessão da EGR. “Estamos com o contrato assinado para a realização destes serviços, que irão consumir R$ 15 milhões já disponíveis para que se execute esta manutenção”, promete o diretor. Segundo ele, as obras devem começar ainda no primeiro trimestre.

O contrato da EGR divide a concessão dos 150 quilômetros em dois lotes. Um que inicia no quilômetro 105 ao 177 e o outro no quilômetro 28, em Tabaí, até próximo ao quilômetro 105. Conforme o diretor, a primeira parte (entre Tabaí e Santa Cruz do Sul), embora não esteja no planejamento da EGR para 2020, também deverá receber investimentos em manutenção neste ano. “Especialmente o trecho próximo à ponte do Rio Taquari, entre Bom Retiro do Sul e Venâncio Aires. Nós mesmos visitamos a rodovia e detectamos vários problemas neste trajeto.”

Números

59% do total arrecadado é utilizado para a manutenção das rodovias, segundo a EGR.

Em cinco anos, a evolução da arrecadação nas praças de pedágio de Venâncio Aires e Candelária é de 50,3%

Plano do Estado é extinguir a empresa

Em março de 2019, quando o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou o RS Parcerias – que é programa que viabilizou o início das discussões públicas para a concessão da RSC-287 –, o chefe do Executivo gaúcho confirmou o interesse em mudar a realidade da EGR.

Na época, Leite havia dito que a empresa continuaria, mas sem a gestão de rodovias, que deveriam ser licitadas individualmente ou em agrupamentos por região. Conforme a Secretaria Estadual de Governança e Gestão Estratégica, tudo que hoje é administrado pela EGR deverá ser concedido. São cerca de 750 quilômetros que, somados a outros 250 quilômetros geridos pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), irão compor um novo “pacote” de estradas a serem licitadas à iniciativa privada. Segundo a secretaria, ainda não há um prazo final para que ocorra o leilão de concessão das demais rodovias da EGR.

O trecho que compreende as duas praças de pedágio da RSC-287 na região, entre Tabaí e Paraíso do Sul, será somado ao trajeto final da rodovia, até a entrada de Santa Maria. Esta seleção cria uma faixa com 204,5 quilômetros, e é ela que está no pacote inicial das concessões gaúchas, o RS Parcerias. O texto final do edital segue em análise pelos órgãos de controladoria do Estado e a expectativa do governo é lançar o plano de concessão para o leilão na Bolsa de Valores de São Paulo ainda no segundo semestre de 2020. Com este leilão, a EGR será retirada da RSC-287 e haverá uma nova empresa para administrar a rodovia pelos próximos 30 anos.

Promessa de tornar tarifa “mais justa”

Ao longo de cinco anos, o crescimento da arrecadação nas duas praças de pedágio da EGR na RSC-287 fica em 50,3%. Esta elevação ocorreu por conta do aumento vegetativo da frota e do reajuste das tarifas, feito em outubro de 2017, quando o valor passou de R$ 5,20 – cobrado de automóveis – para os atuais R$ 7,20. “Está em análise, na área técnica da estatal, a revisão do valor das atuais tarifas. Queremos que o pedágio tenha um preço justo ao usuário”, destaca o diretor administrativo-financeiro, André Arnt.

Conforme ele, ainda não há um prazo e não é correto falar em reajuste da tarifa. “Estamos estudando uma forma de adequar o valor à realidade. Isso depende de vários processos internos na empresa. É correto dizer que a EGR quer implantar um modelo mais justo de cobrança”, reforça o diretor.Mais da metade dos recursos que são arrecadados nas praças de pedágio da RSC-287 fica para a manutenção da rodoviaPromessa de tornar tarifa “mais justa”

Ao longo de cinco anos, o crescimento da arrecadação nas duas praças de pedágio da EGR na RSC-287 fica em 50,3%. Esta elevação ocorreu por conta do aumento vegetativo da frota e do reajuste das tarifas, feito em outubro de 2017, quando o valor passou de R$ 5,20 – cobrado de automóveis – para os atuais R$ 7,20. “Está em análise, na área técnica da estatal, a revisão do valor das atuais tarifas. Queremos que o pedágio tenha um preço justo ao usuário”, destaca o diretor administrativo-financeiro, André Arnt.

Conforme ele, ainda não há um prazo e não é correto falar em reajuste da tarifa. “Estamos estudando uma forma de adequar o valor à realidade. Isso depende de vários processos internos na empresa. É correto dizer que a EGR quer implantar um modelo mais justo de cobrança”, reforça o diretor.

Curso
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Fonte: Gazeta

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