Existe a possibilidade de no final de 2020 alguns trechos da duplicação dos lotes 2.1 e 2.2 da BR-280 estarem concluídos. Mas, tudo vai depender do orçamento que o Governo Federal destinar para as obras e se a projeção do Dnit se confirmar. Foi o que disse na segunda-feira (24) o supervisor do Dnit em Joinville, Antônio Carlos Bessa, durante encontro com empresários, em Guaramirim, na Aciag.
Ele esteve acompanhado do engenheiro Mauro Butzke, da Cetenco, empresa que executa o lote 2.2, do contorno de Guaramirim e Jaraguá do Sul. “Trabalhamos dentro da realidade orçamentária. Não dá para fazer milagres, infelizmente”, frisou Bessa. O lote 2.1, da BR-101 até o entroncamento nas imediações da Breitkopf, em Guaramirim, tem 14 quilômetros.
No trecho inicial existe a pendência de cerca de três quilômetros, onde não é possível executar obras em face da aldeia indígena. “Estamos proibidos pela Funai”, explicou o superintendente do Dnit do Norte do Estado. O saldo para execução do projeto, este ano, é de R$ 12 milhões. Dos 10 km que sobram para trabalhar enquanto não se resolve a pendência com a Funai, cerca de 5 km tem brita granulada. Este ano é possível que seja construído o viaduto nas proximidades da Dibrape. Para 2020, a expectativa é de que o Governo Federal libere orçamento de R$ 58,6 milhões para o trecho. Se o valor se confirmar, os 10 km da duplicação poderão ser executados incluídos as obras de arte, deixando praticamente prontos.
No lote 2.2, mais complexo, com 23,93 km são 15 viadutos, duas pontes e os dois tuneis que estão inacabados. De acordo com o engenheiro Bessa, foram destinados para o trecho, em 2019, R$ 60 milhões e resta um saldo de R$ 34,5 milhões para completar o ano.
Para 2020, a ideia é que o orçamento seja de R$ 150,7 milhões. Como as obras seguem mesmo em ritmo lento e já existe um bom trecho com aterramento e brita e as peças para os viadutos, pontes e terra armada, já pronta, e se o valor se confirmar, Bessa acredita que do entroncamento em Guaramirim passando por Schroeder I até a ponte sobre o Rio Itapocuzinho, já iniciada, próximo da base do Mime, já tenha o asfalto. “São possibilidades, apenas. Tudo dependerá da confirmação do orçamento projetado para o próximo ano”, destacou o superintendente do Dnit.
Muitas indenização ainda precisam ser feitas – Conforme o engenheiro Antônio Carlos Bessa, existe indenizações a serem feitas nos dois lotes em obras. O maior fica no 2.2. Na região do Clube dos Viajantes (Bairro Amizade) e até Nereu Ramos, nada está negociado, ainda. Nesse trecho sairá os dois tuneis (já quase concluídos) e segue até o entroncamento com a pista atual da BR-280.
Bessa acredita que as indenizações, nesse trecho, possam chegar até R$ 35 milhões. Em relação ao lote 1, de São Francisco do Sul a BR-101, inexiste orçamento federal neste ano para as obras. O engenheiro do Dnit disse que será preciso muita ação das lideranças para sensibilizar o governo federal para a importância da obra e a necessidade da sua conclusão.
Se as previsões orçamentárias para 2020 se confirmarem, o avanço será significativo. A preocupação, no entanto, é a priorização da BR-470 defendida pelo Fórum
Parlamentar Catarinense em recente visita do ministro a Santa Catarina. A BR-280 nem foi citada.
Fonte: Jornal do Vale do Itapocu