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Dimensionamento de pavimentos: a importância e métodos utilizados

Mais de oito milhões de quilômetros quadrados. O Brasil é o quinto maior país do planeta. Para efeito simples de comparação, a área dos 27 membros da União Europeia consiste na metade do território brasileiro. Fazemos parte, não à toa, de um seleto grupo de países com dimensões continentais. 

Uma grandeza que nos traz orgulho, mas que também cobra um preço. Caríssimo! 75% das nossas mercadorias são escoadas pela malha rodoviária. Nenhuma outra nação, entre as principais economias mundiais, é tão dependente do transporte pelas estradas. Por isso, a qualidade do nosso asfalto está intimamente ligada ao desenvolvimento do país. Uma rodovia em más condições aumenta o custo operacional das empresas e reduz a segurança no transporte das mercadorias.

E aí reside o X da questão. O dimensionamento do asfalto é um dos principais fatores que impactam na qualidade e na capacidade do pavimento.

O que é?

O dimensionamento determina a espessura e os materiais usados para compor as camadas do asfalto. Um trabalho que deve levar em conta um fator essencial: como o material pode reagir às variações climáticas, à temperatura e ao tráfego de veículos pesados? Dimensionar é, no fundo, preparar o pavimento para suportar as cargas e oferecer desempenho satisfatório às empresas de transporte. Pena que estamos distantes desta realidade. Quase metade das rodovias brasileiras apresenta algum defeito – de buracos a ondulações, de fissuras a trincas. 

Como fazer?

Os métodos de dimensionamento foram classificados basicamente de duas formas: empíricos e mecanístico-empíricos. O empírico é muito mais ligado à pura e simples observação. O profissional analisa as condições de evolução do pavimento, com base na chamada “experiência acumulada”.             

Já a abordagem mecanística-empírica é mais técnica e a mais indicada pelos especialistas. Ela usa conceitos de mecânica para analisar o comportamento estrutural do pavimento. Além disso, é possível prever a vida útil do material utilizado na obra para responder a uma questão básica: quanto tempo ele vai durar?

Método MeDiNa

O método vigente no Brasil é baseado no Manual de Pavimentação do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Desde 2018, o software MeDiNa, inspirado no engenheiro Jacques de Medina, tem revolucionado o dimensionamento de pavimentos no Brasil. Ao contrário do modelo antigo, o MeDiNa prevê tecnologias mais avançadas, como os asfaltos de borracha, e observa as condições (muitas) climáticas no nosso país. São variáveis que começaram a ser avaliadas, como possíveis rachaduras e trincas surgidas no pavimento com o passar dos anos. A ferramenta também mensura em quanto tempo as fissuras vão começar a surgir e qual o tipo de revestimento que apresentará o melhor desempenho.

A tecnologia demanda mais conhecimento técnico e informações sobre os solos existentes e materiais a serem utilizados. Em contrapartida, aumenta a vida útil do asfalto e diminui a necessidade de manutenção. Vale a pena, não?

Curso

Atualização em GPS/GNSS e Mapeamento Topográfico por Dornes

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